segunda-feira, 9 de maio de 2011

Rascunho 4 - O jornalista - parte 2

Segundo encontro com o jornalista.
Fomos ao teatro ver a peça que ele queria. Só de vê-lo, de ouvi-lo, de olhar pra ele... Meu coração bate, hora mais rápido, hora mais devagar...
Como sou brega!
Assistimos a peça. Fantástica.
Sempre que olho em seus olhos, vejo, ao mesmo tempo, a inocencia de uma criança e a malícia de um adulto do mundo. É um paradoxo. É complexo.
Em seguida, vamos a um outro lugar comer algo e bater um papo. Parece que nos tornamos praticamente amigos de infância. Ele continua se abrindo comigo e eu com ele. Eu já confio nele de tal forma que acredito nunca ter confiado em ninguem. E isso é, claramente, recíproco.

Fim da noite. Deixo ele em casa. Acho que ganhei um amigo de verdade. Coisa rara no mundo.

Mas como eu não poderia deixar de ser eu... No dia seguinte, via msn, disse que estava gostando dele de forma especial. Ele se assustou. Disse que eu era bom demais pra ser verdade. Sim, o histórico dele é de pessoas se aproximando com interesses. Mas não é meu caso. Me aproximei dele pq quero a amizade dele. Quero o bem dele. Passei a gostar dele de forma diferente. Não sei se é amor. Não sei o que é. Talvez o meu lado paternal dando sinal de vida.
Hoje continuamos conversando normalmente. Preciso entender melhor meus sentimentos. Talvez não entendê-los, mas sim, conhecê-los.

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